VIOLÊNCIA INFANTIL
A violência infantil é toda aquela cometida dentro de casa, cuja vítima é geralmente uma criança e o agressor é geralmente o pai ou a mãe. Principalmente a mãe. A genitora convive com a criança praticamente 24 horas por dia, e se usa de vários métodos para “educar”a criança.
Todo tipo maltrato pode causar dano físico, mental e intelectual. As crianças maltratadas de qualquer forma – seja de forma física, emocional ou sexual – tornam-se adultos violentos, problemáticos e incapazes.
O grande problema – quiçá o maior de todos – é que a violência contra as crianças é uma coisa comum! Aqui, no Pará, por exemplo, criança que faz besteira apanha de sandália, de cinto, de corda, de arame, de sapatos (mais especificamente de sola) e de qualquer outra coisa que o responsável acha pela frente! Por quê? Porque os pais se descontrolam, perdem a paciência e acabam agredindo o filho de várias maneiras. É comum, apesar de errado. Quem nunca ouviu a frase: “Vou já te da-lhe uma porrada, quer ver?!?"
Várias pesquisas são ou já foram feitas para descobrir, analisar e resolver o problema. Uma pesquisa inédita realizada por professores do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto mostrou que o número de casos de violência contra crianças é maior do que as estatísticas divulgadas pelos órgãos oficiais. Claro! Nenhum responsável iria se denunciar por ter dado um tapa no filho, e nenhum filho iria denunciar o pai porque ele lhe deu um puxão de orelha...
A pesquisa diz ainda que a violência infantil atinge todas as classes sociais. A professora e psicóloga Marina Rezende Bazon pesquisou a violência doméstica contra crianças em escolas públicas e privadas de 25 cidades da região de Ribeirão Preto. Segundo ela, a taxa de violência infantil encontrada na pesquisa foi maior do que a divulgada pelos órgãos oficiais. Em Ribeirão Preto, por exemplo, em média, 5,7% das crianças, de zero a dez anos sofrem maus tratos.
No estado do Rio de Janeiro, 40% das ocorrências registradas nas delegacias se refere à agressão infantil. Segundo a delegada Renata Teixeira Dias, o número real de ocorrências é muito maior. “Essas pessoas procuram manter o fato dentro de casa, fora da delegacia. A gente não toma nem conhecimento de muitos.” diz a delegada.
O fato é que a violência não resolve nada. Muito pelo contrário. Existem muitas outras formas de se impor respeito à uma criança, que não necessariamente seja a agressão física. Pena que isso seja uma questão cultural, um circulo vicioso onde a mãe bateu na filha, que bate no filho, que vai bater nos seus filhos e aí por diante. Penas mais severas até ajudam, mas não resolvem. O que tem que mudar é a cabeça do povo, e assim, a educação de seus filhos.
texto produzido pelo aluno do projeto @g.com alesson luis
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